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O preço do Bitcoin (BTC) registrou queda nesta quinta-feira, recuando para US$ 9.263 após uma sequência de valorização nos últimos dias. A retração ocorre em meio à redução das tensões comerciais globais, especialmente entre Estados Unidos e China, o que tem influenciado o apetite por ativos de risco e impactado o mercado de criptomoedas.

Na última semana, o Bitcoin vinha apresentando forte valorização, impulsionado por incertezas geopolíticas e pela busca de investidores por ativos alternativos. No entanto, com o anúncio de avanços nas negociações comerciais entre Washington e Pequim, o clima de aversão ao risco diminuiu, levando a uma correção nos preços das criptomoedas.

De acordo com dados do ieconomia.com, o BTC chegou a ser negociado acima de US$ 9.500 na terça-feira, 22 de abril, atingindo seu maior patamar em mais de dois meses. Contudo, a melhora no cenário macroeconômico global e a recuperação de ativos tradicionais, como ações e commodities, contribuíram para a realização de lucros por parte dos investidores, pressionando o preço da principal criptomoeda para baixo.

Especialistas apontam que o movimento de correção é natural após uma alta expressiva e que o Bitcoin ainda mantém uma tendência positiva no médio prazo. «O mercado está reagindo a fatores externos, como a trégua nas disputas comerciais e a retomada da confiança nos mercados tradicionais. Isso reduz temporariamente a atratividade das criptomoedas como porto seguro», explica André Carvalho, analista de criptoativos da corretora BlockInvest.

Além do Bitcoin, outras criptomoedas também registraram queda nesta quinta-feira. O Ethereum (ETH) recuou cerca de 3%, sendo negociado em torno de US$ 1.820, enquanto o Ripple (XRP) caiu 2,5%, cotado a US$ 0,52. O movimento generalizado de baixa reflete a menor demanda por ativos digitais em um ambiente de maior estabilidade econômica.

Apesar da correção, o mercado cripto segue com fundamentos sólidos, segundo analistas. A expectativa de cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve nos próximos meses e o crescente interesse institucional no setor continuam sendo fatores de suporte para os preços. Além disso, o halving do Bitcoin, previsto para ocorrer em meados de 2026, já começa a influenciar as projeções de longo prazo.

Para os investidores, o momento exige cautela e atenção aos desdobramentos do cenário macroeconômico. «É importante acompanhar os próximos passos das negociações comerciais e as decisões de política monetária, pois esses fatores continuarão impactando o comportamento do mercado de criptomoedas», conclui Carvalho.

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