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O primeiro leilão portuário realizado pelo governo federal em 2025 movimentou R$ 857,1 milhões, marcando um passo importante na agenda de concessões de infraestrutura do país. O certame, promovido na última quarta-feira, 30 de abril, na sede da B3, em São Paulo, concedeu à iniciativa privada três áreas portuárias localizadas nos estados do Maranhão, Ceará e Amapá. A iniciativa integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e visa modernizar a logística portuária nacional, atrair investimentos e aumentar a eficiência operacional nos portos brasileiros.

O destaque do leilão foi a área denominada MCP02, localizada no Porto de Santana, no Amapá. O terminal foi arrematado pela Caramuru Alimentos S.A., que ofereceu um valor de outorga de R$ 60 milhões, superando em mais de 1.000% o lance mínimo estipulado em R$ 5,3 milhões. A empresa terá o direito de explorar o terminal por 25 anos, com possibilidade de prorrogação, e deverá investir aproximadamente R$ 296 milhões em melhorias e modernização da infraestrutura local.

Outra área leiloada foi o terminal MUC01, no Porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE), especializado na movimentação de granéis sólidos vegetais. O consórcio Granel Química Nordeste venceu a disputa com uma proposta de R$ 1,5 milhão, valor 50% superior ao mínimo exigido. O contrato prevê investimentos de R$ 150 milhões ao longo da concessão, que também terá duração inicial de 25 anos.

O terceiro ativo concedido foi o terminal IQI03, no Porto de Itaqui, no Maranhão, voltado à movimentação de granéis líquidos, como combustíveis. A Santos Brasil Participações S.A. venceu o leilão com uma proposta de R$ 800,6 milhões, valor significativamente acima do lance mínimo de R$ 10 milhões. O contrato prevê investimentos de R$ 360 milhões e a concessão terá validade de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, os três contratos devem gerar, ao longo do período de concessão, mais de R$ 800 milhões em investimentos diretos, além de fomentar a geração de empregos e o desenvolvimento regional. O ministro Silvio Costa Filho destacou que o sucesso do leilão demonstra a confiança do setor privado na política de concessões do governo federal e reforça o compromisso com a modernização da infraestrutura logística do país.

O governo prevê realizar novos leilões portuários ainda em 2025, com o objetivo de ampliar a participação da iniciativa privada na gestão dos portos e melhorar a competitividade do Brasil no comércio exterior. A expectativa é que, até o fim do ano, outras seis áreas portuárias sejam ofertadas ao mercado.

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