Na semana que se inicia em 27 de maio, os mercados globais acompanham com atenção uma série de eventos econômicos importantes, apesar do feriado do Memorial Day nos Estados Unidos, que mantém os mercados financeiros americanos fechados nesta segunda-feira. Os destaques da agenda econômica incluem declarações de autoridades do Federal Reserve, dados cruciais da economia chinesa e uma nova decisão sobre juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
Nos Estados Unidos, a ausência de negociações nesta segunda-feira devido ao feriado não reduz a relevância da semana. Os investidores estão atentos às falas de dirigentes do Federal Reserve, como John Williams, Raphael Bostic, Loretta Mester, Mary Daly e Neel Kashkari, que podem fornecer pistas sobre a trajetória dos juros. Além disso, espera-se para sexta-feira (31) a divulgação do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), uma das principais medidas de inflação monitoradas pelo Fed. A expectativa é de alta mensal de 0,3% em abril, o que pode influenciar as apostas sobre o início de cortes nos juros.
Na Europa, todos os olhos se voltam para a zona do euro com a divulgação de dados preliminares de inflação referentes ao mês de maio. Embora o mercado aguarde uma manutenção do ritmo desacelerado dos preços, os números serão fundamentais para confirmar ou não o corte de juros na reunião do BCE marcada para junho. Autoridades do banco, como Christine Lagarde (presidente), sua vice, Luis de Guindos, e outros membros do Conselho também têm discursos agendados ao longo da semana, o que pode mexer com as expectativas dos investidores.
Do outro lado do mundo, a China traz informações relevantes sobre a saúde de sua economia. Serão publicados os índices PMI de atividade industrial e de serviços referentes a maio. O mercado espera uma ligeira desaceleração nos dados, o que pode reforçar preocupações com a recuperação econômica chinesa. Como segunda maior economia do planeta, o desempenho da China tem impacto direto no comércio global, especialmente em commodities e no desempenho de países emergentes, como o Brasil.
No Brasil, a agenda é mais esvaziada, mas os investidores locais seguem atentos ao cenário externo, especialmente ao rumo dos juros nos EUA e à demanda por produtos brasileiros na China. A percepção de risco fiscal e as discussões sobre as metas de arrecadação do governo também seguem no radar do mercado doméstico.
Portanto, mesmo com a interrupção temporária nos mercados americanos, a semana promete ser marcada por divulgações e decisões que poderão influenciar o sentimento dos investidores ao redor do mundo.