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O dólar iniciou esta terça-feira, 29 de abril de 2025, em alta frente a uma cesta de moedas globais, refletindo a cautela dos investidores antes da divulgação de dados econômicos relevantes nos Estados Unidos. O movimento ocorre em meio à expectativa pelos números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e do índice de inflação PCE (Personal Consumption Expenditures), que devem ser divulgados ainda nesta semana.

Na sessão desta manhã, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a seis divisas principais, registrava avanço de 0,2%, sendo negociado em torno de 105,80 pontos. A valorização reflete a postura mais conservadora dos mercados, que aguardam sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed).

Os investidores estão atentos à possibilidade de o Fed manter os juros elevados por mais tempo, caso os dados de inflação e crescimento econômico venham acima das expectativas. O núcleo do índice PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, é especialmente monitorado por ser o indicador de inflação preferido do banco central norte-americano.

Além disso, o mercado também acompanha os desdobramentos da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para a próxima semana. Embora a maioria dos analistas não espere mudanças na taxa básica de juros neste encontro, qualquer sinalização sobre o cronograma de cortes pode impactar significativamente o câmbio e os ativos de risco.

Em relação às moedas emergentes, o dólar também apresentou ganhos, pressionando divisas como o real brasileiro, o peso mexicano e o rand sul-africano. No Brasil, o dólar comercial era negociado em alta de 0,4% no início da manhã, cotado a R$ 5,12, refletindo tanto o fortalecimento global da moeda americana quanto fatores internos, como incertezas fiscais e políticas.

O cenário externo mais desafiador tem levado os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o próprio dólar e os títulos do Tesouro dos EUA. Esse movimento tende a reduzir o apetite por risco e impactar negativamente os mercados emergentes, que dependem do fluxo de capitais internacionais.

Com os dados econômicos norte-americanos no radar e a aproximação da reunião do Fed, os próximos dias devem ser marcados por maior volatilidade nos mercados financeiros. Analistas recomendam cautela, especialmente em operações de câmbio e renda variável, até que haja maior clareza sobre os rumos da política monetária nos Estados Unidos.

Enquanto isso, o mercado brasileiro segue atento também à agenda local, que inclui a divulgação de dados fiscais e do mercado de trabalho, além das discussões em torno do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária, que seguem em tramitação no Congresso Nacional.

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