Cobre sobe com otimismo econômico, enquanto alumínio recua com demanda fraca

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Os mercados de metais básicos apresentaram desempenho misto nesta quinta-feira, refletindo a combinação de fatores macroeconômicos globais e expectativas quanto à demanda industrial. O cobre registrou alta significativa, impulsionado por sinais de recuperação econômica na China, enquanto o alumínio recuou, pressionado por estoques elevados e preocupações com a oferta.

Na Bolsa de Metais de Londres (LME), o contrato do cobre para três meses subiu 0,6%, sendo negociado a US$ 9.950 por tonelada. O movimento de valorização ocorre em meio a dados positivos do setor manufatureiro chinês, que indicam uma retomada mais consistente da atividade industrial no segundo trimestre de 2025. A China é o maior consumidor global de cobre, e qualquer sinal de fortalecimento econômico no país tende a impulsionar os preços do metal.

Além disso, analistas destacam que a redução dos estoques registrados na LME contribuiu para o avanço do cobre. Os estoques caíram cerca de 3% nesta semana, sinalizando uma possível restrição na oferta. A expectativa de que o Federal Reserve dos Estados Unidos possa iniciar cortes nas taxas de juros ainda neste semestre também tem sustentado o apetite por ativos ligados ao crescimento econômico, como os metais industriais.

Por outro lado, o alumínio apresentou queda de 0,8%, sendo cotado a US$ 2.420 por tonelada na LME. O recuo reflete o aumento dos estoques globais e a perspectiva de uma oferta mais robusta, especialmente após a retomada de operações em algumas fundições na China e na Rússia. A desaceleração na demanda por parte do setor automotivo e de construção civil em países desenvolvidos também tem pressionado os preços do alumínio.

Especialistas do setor apontam que, apesar da recente fraqueza, o alumínio pode encontrar suporte nos próximos meses caso haja avanços nas políticas de transição energética, que demandam maior uso do metal em tecnologias como painéis solares e veículos elétricos. No entanto, no curto prazo, o mercado segue atento à evolução dos estoques e à dinâmica da oferta global.

Outros metais também registraram variações distintas nesta quinta-feira. O zinco teve leve alta de 0,3%, enquanto o níquel caiu 1,1%, refletindo incertezas quanto à demanda e à produção em países asiáticos. O mercado segue volátil, com os investidores monitorando de perto os indicadores econômicos e os desdobramentos geopolíticos que possam afetar o comércio global de commodities.

Com a aproximação do final de abril, os analistas esperam que os dados econômicos da China e dos Estados Unidos continuem sendo os principais direcionadores dos preços dos metais básicos, em um cenário ainda marcado por incertezas quanto ao ritmo da recuperação global.

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