Bitcoin sobe para US$ 84,7 mil com foco em tarifas de Trump

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Bitcoin sobe para US$ 84,7 mil em meio a tensões comerciais entre EUA e China

O preço do Bitcoin (BTC) registrou uma valorização significativa nesta quinta-feira, alcançando a marca de US$ 84.700, impulsionado por um aumento na demanda por ativos considerados de proteção em meio à intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A criptomoeda acumula alta de 3,2% nas últimas 24 horas, refletindo o movimento de investidores que buscam alternativas diante da instabilidade nos mercados tradicionais.

O avanço do Bitcoin ocorre em um contexto de renovadas preocupações geopolíticas. O governo dos EUA, liderado pelo presidente Joe Biden, anunciou nesta semana a possibilidade de impor novas tarifas sobre produtos chineses, reacendendo temores de uma guerra comercial. Em resposta, Pequim sinalizou que poderá adotar medidas retaliatórias, o que elevou a aversão ao risco nos mercados globais.

Analistas apontam que o Bitcoin tem se beneficiado desse cenário como uma espécie de porto seguro digital, especialmente em momentos de incerteza econômica e política. Estamos vendo um fluxo crescente de capital para o Bitcoin, não apenas como ativo especulativo, mas como reserva de valor em tempos de instabilidade afirmou Lucas Ferreira, analista da corretora CriptoInvest, em entrevista ao ieconomia.com/brasil.

Além das tensões comerciais, outros fatores também contribuíram para o movimento de alta. O mercado segue atento aos desdobramentos da política monetária dos Estados Unidos, com expectativas de que o Federal Reserve possa manter os juros em níveis elevados por mais tempo, o que tem pressionado ativos de risco, mas ao mesmo tempo reforçado o apelo do Bitcoin como alternativa descentralizada.

Outro ponto de destaque é o crescente interesse institucional pela criptomoeda. Grandes gestoras de ativos e fundos de investimento têm ampliado suas posições em BTC, impulsionadas pela recente aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA e pela maior clareza regulatória em mercados desenvolvidos. Esse movimento tem contribuído para aumentar a liquidez e a legitimidade do ativo no cenário financeiro global.

Com a valorização recente, o Bitcoin acumula alta de mais de 25% em abril e já supera os 50% de valorização no acumulado de 2025. Especialistas alertam, no entanto, que o mercado de criptomoedas continua volátil e sujeito a correções bruscas, especialmente diante de eventos macroeconômicos inesperados.

Para os próximos dias, investidores devem acompanhar de perto os desdobramentos das negociações entre EUA e China, além de novos dados econômicos que possam influenciar as decisões de política monetária. Enquanto isso, o Bitcoin segue consolidando sua posição como um dos principais ativos alternativos do mercado financeiro global.

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