Em meio a um cenário global de tensões comerciais, a General Motors (GM) revisou para baixo suas projeções de lucro para o ano fiscal, alertando que as tarifas impostas pelos Estados Unidos e por seus parceiros comerciais podem gerar um impacto financeiro de até US$ 5 bilhões. O anúncio foi feito pela montadora norte-americana em meados de 2018, mas seus efeitos e implicações seguem sendo analisados por especialistas e investidores até hoje, quinta-feira, 1º de maio de 2025, especialmente diante da continuidade de políticas protecionistas em diversas economias.
Na ocasião, a GM reduziu sua previsão de lucro ajustado por ação para o intervalo entre US$ 5,14 e US$ 5,44, abaixo da estimativa anterior de US$ 6,30 a US$ 6,60. A empresa atribuiu a revisão principalmente ao aumento dos custos com matérias-primas, como aço e alumínio, que foram diretamente afetados pelas tarifas impostas pelo governo dos EUA sob a administração Trump. Além disso, a desvalorização de moedas em mercados emergentes, como Argentina e Brasil, também contribuiu para o ajuste nas projeções.
Mary Barra, CEO da GM, afirmou na época que a empresa estava tomando medidas para mitigar os impactos, incluindo ajustes na produção e cortes de custos. No entanto, ela destacou que o ambiente de incerteza comercial representava um desafio significativo para a indústria automotiva como um todo. A GM também indicou que o impacto total das tarifas poderia chegar a US$ 1 bilhão apenas em 2018, com efeitos acumulados de até US$ 5 bilhões nos anos seguintes, caso as medidas protecionistas fossem mantidas ou ampliadas.
Desde então, o setor automotivo global tem enfrentado uma série de desafios, incluindo a transição para veículos elétricos, mudanças nos padrões de consumo e a necessidade de adaptação às novas regulamentações ambientais. No entanto, as questões comerciais continuam sendo um fator de pressão sobre os resultados financeiros das montadoras, especialmente aquelas com operações globais, como a GM.
Em 2025, analistas seguem monitorando os desdobramentos das políticas comerciais entre Estados Unidos, China, União Europeia e outros parceiros estratégicos. Embora algumas tarifas tenham sido revistas ou suspensas nos últimos anos, o legado das medidas adotadas entre 2017 e 2019 ainda afeta os custos operacionais e as cadeias de suprimento de diversas empresas, incluindo a General Motors.
O caso da GM serve como exemplo de como decisões políticas podem impactar diretamente os resultados corporativos e o desempenho das ações no mercado. Investidores e gestores continuam atentos à evolução do cenário macroeconômico e às estratégias adotadas pelas empresas para enfrentar um ambiente global cada vez mais volátil.