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Inflação da zona do euro permanece em 2,2% em abril, mas serviços pressionam preços

Nesta sexta-feira, 2 de maio de 2025, dados preliminares divulgados pela Eurostat revelaram que a inflação anual da zona do euro permaneceu estável em 2,2% no mês de abril, em linha com as expectativas do mercado. Apesar da estabilidade no índice geral, os preços dos serviços continuam a exercer pressão sobre o custo de vida no bloco, o que pode influenciar as decisões futuras do Banco Central Europeu (BCE) em relação à política monetária.

O núcleo da inflação, que exclui os voláteis preços de energia e alimentos, também se manteve inalterado em 2,8% na comparação anual. Já a inflação de serviços, um dos principais componentes do índice, acelerou para 3,7% em abril, ante 4,0% em março, indicando uma leve desaceleração, mas ainda em patamar elevado. Esse segmento tem sido impulsionado por aumentos salariais e pela recuperação da demanda no setor terciário, especialmente em turismo e hospitalidade.

Por outro lado, os preços de energia apresentaram queda de 0,6% em abril, após uma retração de 1,8% em março, contribuindo para conter a inflação geral. Os alimentos, álcool e tabaco registraram alta de 2,8%, desacelerando em relação aos 3,5% observados no mês anterior. Bens industriais não energéticos tiveram aumento de 0,9%, também abaixo dos 1,1% registrados em março.

Os dados reforçam a percepção de que a inflação na zona do euro está se aproximando da meta de 2% estabelecida pelo BCE, mas o ritmo de desaceleração ainda é desigual entre os componentes. A autoridade monetária europeia tem sinalizado cautela em relação a cortes nas taxas de juros, aguardando sinais mais consistentes de que a inflação está sob controle de forma sustentável.

Analistas do mercado financeiro avaliam que, embora os números de abril não tragam surpresas significativas, o comportamento persistente dos preços de serviços pode adiar qualquer movimento de afrouxamento monetário. A próxima reunião do BCE está marcada para o dia 8 de maio, e os investidores estarão atentos às declarações da presidente Christine Lagarde sobre os próximos passos da política monetária.

Com a inflação ainda acima da meta em alguns componentes e o crescimento econômico da região mostrando sinais de fragilidade, o BCE enfrenta o desafio de equilibrar o combate à inflação com o estímulo à atividade econômica. A expectativa é de que a autoridade mantenha a taxa básica de juros inalterada na próxima reunião, mas continue monitorando de perto os dados econômicos nos próximos meses.

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