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Bitcoin sobe para US$ 84,7 mil em meio a tensões comerciais entre EUA e China

O preço do Bitcoin (BTC) registrou uma valorização significativa nesta quinta-feira, alcançando a marca de US$ 84.700, impulsionado por incertezas no cenário macroeconômico global. A alta ocorre em meio às novas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, após declarações do ex-presidente Donald Trump sobre a possibilidade de reintrodução de tarifas sobre produtos chineses, caso retorne ao poder.

O movimento de valorização da principal criptomoeda do mercado reflete o aumento da demanda por ativos considerados de proteção, como o próprio Bitcoin e o ouro, diante da instabilidade geopolítica e econômica. Investidores têm buscado alternativas para proteger seus portfólios diante da perspectiva de uma escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Na última quarta-feira (16), Trump afirmou que, se vencer as eleições presidenciais de novembro deste ano, poderá impor tarifas de até 60% sobre produtos chineses. A declaração provocou reações imediatas nos mercados financeiros, com queda nas bolsas globais e valorização de ativos considerados mais seguros. O Bitcoin, que já vinha em trajetória de recuperação desde o início de abril, acelerou sua alta nas últimas 24 horas.

Segundo dados da plataforma ieconomia.com, o BTC acumulou uma valorização de cerca de 5% apenas nesta semana, superando os US$ 84 mil pela primeira vez desde o início de março. Analistas apontam que o movimento também é sustentado por fatores técnicos e pela expectativa de novos fluxos institucionais para o mercado cripto, especialmente após a aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos no início do ano.

Além disso, o halving do Bitcoin, ocorrido no último sábado (12), também contribuiu para o otimismo dos investidores. O evento, que reduz pela metade a recompensa dos mineradores, historicamente tem sido seguido por ciclos de valorização da criptomoeda. Com a oferta reduzida e a demanda em alta, o cenário atual favorece uma pressão altista sobre os preços.

Especialistas alertam, no entanto, que o mercado segue volátil e sensível a eventos macroeconômicos. O Bitcoin está se consolidando como um ativo de reserva de valor em tempos de incerteza, mas ainda é altamente influenciado por fatores externos, como política monetária e geopolítica, afirmou Lucas Andrade, analista da corretora CriptoInvest.

Com o cenário global em constante mudança e a aproximação das eleições nos EUA, os próximos meses devem ser decisivos para o comportamento do mercado de criptomoedas. Enquanto isso, o Bitcoin segue em alta, refletindo o apetite dos investidores por ativos alternativos em meio à turbulência econômica.

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